30.1.12


É incrível, é inevitável, mas por que será que sempre que estamos bem as coisas surgem como um baque só para nos deixar mal??
A dor é inevitável,  o sofrimento é opcional...
Me desculpe, mas dessa vez aprendi a dançar conforme a música, percebi o que vale e o que não vale a pena, não vale a pena sofrer, não por você.

26.1.12

Romeu

Preciso acreditar que tudo poderia ter sido diferente, não que eu seria outra e nem que você fosse ainda o mesmo Romeu dessa história tão sem graça, sem público e impossível. Os protagonistas só poderiam ser outros, as reclamações poderiam ser distintas ou o sentimento, recíproco.
Imagino uma cena diferente, que você julga impossível de se tornar real, meu mundo é tão diferente, o que só nos deixa ainda mais distantes, as horas perdidas na frente dos livros ( uma maneira de escapar à dor é sempre necessária) fez com que eu acreditasse nos finais felizes, não naqueles de Era uma vez, mas sim em algo sonhador e pouco palpável, enquanto o seu "felizes para sempre" já foi destruído ao menos duas vezes e pela mesma pessoa.
Não o julgo, a vida faz com que aprendamos sempre de formas distintas, sendo mais dócil com uns e mais rude com outros, mas o que torna tudo tão à la Shakespeare ao meu ver é que enquanto eu tento de tudo para deixá-lo feliz, para deixar que eu esteja ao seu lado a todos os momentos, ela só quer vê-lo afundar, afundar no mais profundo abismo, mesmo que o faça sem perceber, pois o que mais conta são os interesses e sentimentos dela própria, e mesmo com isso você opta pelo incerto, opta por amá-la, por deixar que como a Medusa ela te cegue e lhe transforme em pedra, é isso, isso que ela faz, com seu jeito dócil, mansa e amiga ela te seduz para que depois lhe transforme em rocha, mas a cada vez que ela consegue, a cada vitória dela é uma perda minha, não por competição, e sim porque a cada vez que ela faz com que você se torne uma rocha, deixe quaisquer sentimentos de lado, eu perco um pedaço de você, sua distância se torna tão densa quanto a neblina, e eu não queria isso, ninguém queria, mas é assim que sempre será.

25.1.12

Dizem

que para cada que escolha que é feita criam-se universos paralelos com cada uma das escolhas que poderiam um dia se tornar reais e  tudo o que ela mais almejava era saber se algum desses universos teria sido capaz de fazer com que ela não o conhecesse, pois ele era como uma droga para ela, apesar das alegrias momentâneas, da felicidade por ele estar ali, quando sua dose passava e ela se via sóbria da presença dele tudo o que restava era a dor, a dor e um sentimento de culpa. Talvez nem fosse necessário um universo paralelo, pois vendo deste ângulo parece que o destino já está se organizando para fazê-los trilhar caminhos bem distintos.